segunda-feira, 1 de abril de 2013

8º Encontro do Instituto Hemisférico



O Instituto Hemisférico de Performances Políticas (http://hemisphericinstitute.org/hemi/pt) promove, a cada dois anos, um encontro internacional de performance política.
 Este ano o Brasil (São Paulo) foi sede do encontro. Entre os dias 12 a 19 de janeiro aconteceu o 8º Encontro do Instituto Hemisférico. O evento foi realizado nas dependências da Universidade de São Paulo, do SESC Vila Mariana e SP Escola de Teatro.


Violeta Luna

O evento tem como ideia principal promover o intercâmbio e a discussão de ideias e temas como fronteiras, identidade e práticas de pesquisa, entre os artistas das Américas e o público. O encontro contou com conferências acadêmicas, grupos de trabalho, performances, instalações, mesas-redondas, exposições, projeções de vídeos e oficinas práticas de performance.  
Violeta Luna

Dentre os vários e talentosos performers e grupos que apresentaram-se durante a semana do evento, vale destacar Violeta Luna (www.violetaluna.com), atriz/performer/ativista mexicana. No estilo de ritual,  sua performance -  Réquiem para uma história perdida, recordou os assassinatos cometidos durante a iniciativa da “guerra às drogas” do governo central do México. Um trabalho minimalista e de grande impacto. Usou elementos/símbolos - pó branco, líquido vermelho, terra, etiquetas de preços, fotos. Ao fundo, som de vozes colombianas de protesto, exigindo justiça e falando o nome de alguns executados. O mesmo discurso sonoro também era sobreposto de vozes de discursos políticos em inglês, falando da questão da fronteira, da segurança. Delicado e potente.  

Marc Bamuthi Joseph
Dos EUA, por outro lado, o performer/bailarino/poeta Marc Bamuthi Joseph (que está a frente do http://livingwordproject.org/core) trouxe a performance Mundo Falado (The Spoken Word). A performance fala da sua história de vida, misturando dança e poesia. O ritmo contagiante de suas palavras e movimentos fizeram suspender o tempo e entramos com ele eu seu processo criativo. A performance era acompanhada por um baterista, que trouxe o jazz e o hip hop para a cena. Da rua, livre, da academia, palavras e suor.

Dentre os grupos, um dos esperados era o coletivo La Pocha Nostra (www.pochanostra.com). 

Dani d'Emilia -  La Pocha Nostra

Roberto Sifuentes - La Pocha Nostra

Apresentaram um mix de performances simultâneas, com artistas do grupo e convidados locais, em uma das grandes salas do Sesc Vila Mariana. O público circulava através destes totens subversivos, instigados a registrarem e publicarem em seus veículos digitais instantaneamente o que estavam vendo. Com variadas temáticas e de grande impacto visual, o coletivo cutucou o inconsciente dos presentes, fazendo pensar a ordem e os tabus.

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